ar·ri·mo
substantivo masculino

1.   O que serve para amparar, sustentar (alguém ou algo); apoio, encosto, escora.
2.   Fig. Indivíduo, situação ou circunstância que oferece algum tipo de apoio, auxílio ou proteção; amparo.





O muro: 

O bosque é definido e protegido por um muro contínuo e autoportante feito de gabiões. A construção do muro é seca e de baixo impacto. Seu nível superior é contínuo em todo perímetro. À medida que o terreno cai, passa a conformar objetos distintos. No primeiro trecho tem altura de banco para quem se refresca na bica. À meia altura, ainda não configura barreira visual, e permite interação direta entre os dois lados do muro. Quando atinge altura maior, abraça bancos com espaldar que são generosamente sombreados pelas árvores já em maior altura. Intervalos na sua modulação configuram janelas e passagens. Além da geometria, sua textura é instigante. A diferença de granulometria da parte de baixo do muro (com rochas menores) em relação à parte de cima (rochas maiores) permite graus de porosidade distintos. Enquanto a parte de baixo do muro é bastante sólida e estável, à altura do olhar o muro se desmaterializa, possibilitando que o olhar atravesse até o outro lado muro. Frestas e fendas são um convite à interação, à passagem de luz, ar e som. Olhares curiosos se aproximam do muro em busca de pontos de observação e descobrem a riqueza da escala aproximada do elemento construído.


O tempo: 

Sobre o muro, corre uma calha de água. A calha do muro a oeste é alimentada com água potável por uma bica, localizada logo no acesso do bosque. A calha é aberta, permitindo maior interação com a água. Feita em chapa dobrada de aço corten, marca a ação do tempo em sua superfície. Os excedentes de água não consumidos percorrem o perímetro do muro e desaguam na clareira do bosque. A inclinação da calha e a vazão da bica são mínimas. É possível acionar a bica e caminhar até a clareira para ver e ouvir o deságue no espelho d'água. A água é coletada do espelho d'água e retorna para a calha do muro à leste do bosque. O sistema de irrigação do bosque é conectado a esse sistema de reaproveitamento contínuo da água.














O bosque: 

Cada árvore plantada representa uma das vítimas da tragédia. As 272 árvores são de diferentes espécies nativas da flora brasileira e adequadas ao meio urbano de Belo Horizonte, com portes, cores e texturas variadas. As árvores menores estão na cota mais alta do bosque, mais próximas ao percurso já existente à norte. Os caules são mais finos e suas copas mais baixas. Há mais clareias entre elas, permitindo que a luz entre e ilumine o chão do bosque em pedrisco. À medida que o terreno desce, o porte das árvores aumenta, criando sombreamentos e espaçamentos cada vez mais contundentes. Além dos sistemas de piso de iluminação e irrigação, é possível caminhar por todo o bosque, permitindo contato e cuidado individual para cada uma das árvores.

O percurso:

Espécies de árvores que produzem flores e frutos são um convite à aproximação. Os espaçamentos entre as árvores são largos e permitem fruição. Os passos são anunciados pela forração em pedrisco. Aos poucos a densidade arbórea aumenta e conforma-se uma alameda voltada para sudoeste, em direção a Brumadinho. À medida que a altura das árvores se eleva, a alameda fica mais imponente. Uma clareira se abre em meio ao bosque já alto. O som da água escorrendo de uma bica preenche o espaço de 20x20m. A partir da clareira, um novo percurso é revelado: um deque conduz o caminhar por entre os muros de pedra. Do lado de fora do bosque quadrangular, o relevo do Parque Estadual Serra Verde começa a ser evidenciado. Seguindo o curso do deque, a Serra passa a ser emoldurada pela mata ciliar existente e é finalmente refletida na lagoa. O deque é interrompido na linha d'água, ainda protegido e sombreado pela mata. À medida que a altura do muro fica maior em relação ao solo, passa a abrigar mobiliário e aberturas. Momentos de maior reclusão são intercalados com passagens generosas que permitem o atravessamento de olhares. O alinhamento das aberturas possibilita se ver de um lado a outro do bosque e reinterpretar a linearidade do percurso.  











O bosque: 

Cada árvore plantada representa uma das vítimas da tragédia. As 272 árvores são de diferentes espécies nativas da flora brasileira e adequadas ao meio urbano de Belo Horizonte, com portes, cores e texturas variadas. As árvores menores estão na cota mais alta do bosque, mais próximas ao percurso já existente à norte. Os caules são mais finos e suas copas mais baixas. Há mais clareias entre elas, permitindo que a luz entre e ilumine o chão do bosque em pedrisco. À medida que o terreno desce, o porte das árvores aumenta, criando sombreamentos e espaçamentos cada vez mais contundentes. Além dos sistemas de piso de iluminação e irrigação, é possível caminhar por todo o bosque, permitindo contato e cuidado individual para cada uma das árvores.

O percurso:

Espécies de árvores que produzem flores e frutos são um convite à aproximação. Os espaçamentos entre as árvores são largos e permitem fruição. Os passos são anunciados pela forração em pedrisco. Aos poucos a densidade arbórea aumenta e conforma-se uma alameda voltada para sudoeste, em direção a Brumadinho. À medida que a altura das árvores se eleva, a alameda fica mais imponente. Uma clareira se abre em meio ao bosque já alto. O som da água escorrendo de uma bica preenche o espaço de 20x20m. A partir da clareira, um novo percurso é revelado: um deque conduz o caminhar por entre os muros de pedra. Do lado de fora do bosque quadrangular, o relevo do Parque Estadual Serra Verde começa a ser evidenciado. Seguindo o curso do deque, a Serra passa a ser emoldurada pela mata ciliar existente e é finalmente refletida na lagoa. O deque é interrompido na linha d'água, ainda protegido e sombreado pela mata. À medida que a altura do muro fica maior em relação ao solo, passa a abrigar mobiliário e aberturas. Momentos de maior reclusão são intercalados com passagens generosas que permitem o atravessamento de olhares. O alinhamento das aberturas possibilita se ver de um lado a outro do bosque e reinterpretar a linearidade do percurso.  






tropo_                                 
Angelo Signori, Eduardo Hungaro, Gabriel Tomich, Marina Oba

+ Hannah Kumata, Guilherme Feijó, Renata Leite, Gabriel Castro




cliente

concurso

Prefeitura do Município de Belo Horizonte (MG)

2022




© tropo 2023